Quando visitei Praga pela primeira vez, no outono de 1993, achei um lugar fora de série. Para um viajante econômico como eu era então (e continuo a ser, mas de outro jeito), ela era uma verdadeira barganha. E estava um pouco a salvo do turismo intensivo de outras cidades igualmente lindas do oeste europeu, como Paris. Não apenas acessível, mas extraordinariamente bela. Caminhar de noite ouvindo o som de violinos tocados por artistas itinerantes em troca de moedas, sob os vários arcos e sobre as pontes da cidade, era uma surpresa em cada canto. A combinação entre a cidade barroca e a cidade art-nouveau me pareceram então (e ainda mais hoje) perfeita.
Hoje a cidade é uma meca turística. O beleza continua lá, mas o charme perdeu-se um pouco, com a horda de turistas e a proliferação de boutiques chiques. A música também continua lá, mas hoje parece um pouco com uma grande disneylândia hiper-cenográfica, onde cada figurante parece ter sido cuidadosamente colocado ali para impressionar o turista.
Minha nova visita aconteceu no calor do verão. No domingo, a decisão acertada foi experimentar os pedalinhos que são alugados a preços surpreendentemente módicos. O passeio de pedalinho pelo Vltava serviu para lembrar que mesmo uma meca turística e cenográfica esconde seus charmes em algum lugar.
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